Superando o abismo da desigualdade econômica com o Bitcoin

Esta é uma tradução do texto “Bridging the Wealth Gap with Bitcoin” da Haley Berkoe, que trabalha na Square Crypto, publicado originalmente no dia 03 de setembro de 2021.

Tradução por Leta.

Com a palavra, a autora:

A inflação é um monstro poderoso. Seu temperamento é bastante perigoso quando não controlado ou controlado por mãos erradas. A inflação pode rapidamente passar de um nada à vista para se tornar o pior inimigo do seu dinheiro.

Para combater a inflação, é preciso estar adequadamente preparado. Como em qualquer competição, usar o equipamento errado, como usar luvas de cozinha para uma luta de boxe, diminui a probabilidade de vitória. Quando a inflação bate, há um aumento no preço de bens essenciais, como habitação, saúde e educação. Aqueles com armadura forte podem compensar a inflação. Aqueles sem escudo lutam para sobreviver. Mas infelizmente, as ferramentas de combate à inflação não estão disponíveis para todos.

Uma distribuição desigual de recursos financeiros leva a uma maior desigualdade econômica. Para interromper esse ciclo vicioso, uma ferramenta de combate à inflação precisa ser fácil de usar e disponível para qualquer pessoa, em qualquer lugar. No entanto, isso não é possível com o sistema financeiro atual. Vamos explorar o porquê.

A estratégia mais comum de combate à inflação é o mercado de ações. No entanto, o mercado de ações também é outro monstro. Às vezes é um touro (referência ao bull market, mercado de alta), outras vezes é um urso (bear market, ou mercado em queda). As barreiras à entrada, tanto figurativa quanto literalmente, não são nenhuma surpresa, dada sua natureza complexa.

Começando no nível superficial, o mercado de ações representa uma barreira psicológica. Mesmo que investir não precise ser difícil, Wall Street não dá as boas vindas para os recém-chegados. O mercado é composto por 60 bolsas de valores diferentes em todo o mundo, aproximadamente 630.000 empresas de capital aberto e inúmeros fundos multimercados, fundos negociados em bolsa (ETFs) e títulos de renda fixa. É fácil se afogar em uma piscina de números, mesmo mergulhar os dedos dos pés requer confiança. A maioria das pessoas nunca cria coragem e acaba guardando quantias significativas, senão todos, de seus ativos em dinheiro. Na verdade, apenas cerca de 50% possuem ações (no Brasil esse dado é menor de 4 milhões, ou seja, menos de 2% da nossa população).

Para piorar a situação, o mercado de ações não promove igualdade de condições. Indivíduos com alto patrimônio líquido têm acesso a empresas de capital privado e fundos mais sofisticados. Essas oportunidades de investimento exclusivas geralmente têm um desempenho melhor do que o mercado de ações.

Não vamos esquecer as barreiras regulatórias para entrar no mercado de ações. Para abrir uma conta de corretora, você precisa de uma conta bancária. Quase dois bilhões de pessoas em todo o mundo não têm banco. Esqueça o mercado de ações — dois bilhões de pessoas nem conseguem abrir uma conta no banco.

Em um mundo ideal, o mercado imobiliário é uma ótima maneira de combater a inflação. A casa própria serve como um investimento ao mesmo tempo que fornece uma utilidade valiosa. No entanto, possuir uma propriedade é arriscado e caro. E se ocorrer um desastre natural ou você não conseguir manter a manutenção? Muitas famílias têm a maior parte de seu patrimônio líquido amarrado em suas casas. Isso os deixa com pouco acesso a dinheiro e quase nenhum capital para tomar empréstimos, transformando pequenos contratempos em pesadelos financeiros.

Os empréstimos são a ferramenta de escolha para a maioria dos proprietários, uma vez que raramente é viável ou aconselhável pagar à vista com dinheiro. No entanto, aqueles com baixa pontuação de crédito têm dificuldade em obter um empréstimo e pagam taxas de juros muito altas. Mais de 30% dos americanos têm pontuação de crédito baixa (subprime) e cerca de 1 em cada 10 americanos não tem histórico de crédito. Assim, o mercado imobiliário como meio de superar a inflação nem sempre é possível.

Um terceiro método de combate à inflação é comprar mercadorias raras, como metais preciosos ou arte. O ouro normalmente se recupera rapidamente após crises econômicas. No entanto, comprar e possuir commodities envolve muitos custos e considerações inesperadas. É crucial encontrar um revendedor respeitável, uma opção de armazenamento segura e seguro. As taxas de corretores, bancos e empresas podem ficar caras rapidamente. Mais uma vez, essas opções são mais adequadas para os ricos.

Então, como aqueles que estão excluídos do sistema financeiro atual lutam contra a inflação? Bem, graças ao bitcoin, existe uma solução. O Bitcoin é para todos e foi e segue sendo criado por qualquer pessoa que queira contribuir com sua rede.

Bitcoin é o primeiro dinheiro digital do mundo a funcionar independentemente de uma autoridade central. Possui características semelhantes às ferramentas tradicionais de combate à inflação, sem as qualificações. Bitcoin é tão raro quanto ouro, facilmente negociável online como ações e pode render um grande retorno sobre o investimento, como imóveis.

O Bitcoin está acessível a todos. Não requer uma conta bancária, prova de identidade, histórico de crédito ou um mínimo de investimento para começar. Ao fazer transações com bitcoin, sua identidade fica oculta. Ninguém sabe quanto dinheiro você tem ou sua aparência, então não há espaço para discriminação ou tratamento preferencial. O mercado de bitcoins está aberto 24 horas por dia, 7 dias por semana, então você pode comprar, vender ou enviar bitcoins a qualquer momento. A tecnologia do Bitcoin mantém o sistema seguro, à prova de falsificação e justo.

O Bitcoin está abrindo oportunidades para investidores mais diversos. Um estudo recente mostra que o usuário médio de criptografia nos Estados Unidos tem menos de 40 anos e não possui um diploma universitário. Além disso, 44% dos usuários não são brancos, em comparação com 35% dos investidores em ações não-brancos.

Embora o desenvolvimento do Bitcoin ainda esteja nos estágios iniciais, ele está provando ser um forte investimento. No dia de hoje (03/setembro/2021), o Bitcoin subiu 70% no acumulado do ano, o S&P 500 subiu 23% no acumulado do ano e o dólar está perdendo valor a uma taxa de 5,37%. Muitos acreditam que em algum momento o Bitcoin poderá até tornar o dólar ultrapassado.

A inflação afeta as pessoas de maneiras diferentes, dependendo de fatores como localização, renda, idade e educação. No entanto, a diferença de riqueza é ruim para todos na sociedade. A desigualdade econômica prejudica o crescimento econômico, prejudica as oportunidades de educação para as crianças (ou seja, o futuro), aumenta a criminalidade e agrava as mudanças ambientais.

No sistema atual, o acesso a ferramentas de combate à inflação é um privilégio. Com o Bitcoin, qualquer pessoa pode construir e proteger sua riqueza. Mesmo se você estiver em posição de lutar contra a inflação com os meios tradicionais, considere aqueles que não são tão afortunados. Aprenda sobre o Bitcoin, compre bitcoin e defenda o Bitcoin. Podemos vencer o monstro da inflação juntos.